O câncer de mama consiste na multiplicação desenfreada das células da mama, gerando células anormais que se multiplicam e caracterizam um tumor.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), são estimados 66.280 novos casos de câncer de mama em 2020 no Brasil, sendo que 99% acomete mulheres e 1% acomete homens. Em mulheres, corresponde a 25% do total de casos de câncer por ano. É menos frequente em pessoas com menos de 35 anos e mais frequente em pessoas com mais de 50 anos.
Visto que é um dos principais tipos de cânceres em mulheres, sua identificação é de extrema importância. Quanto mais cedo há o reconhecimento da doença, mais chances de cura e sobrevida existe. Portanto, a detecção precoce do câncer de mama é um dos temas mais importantes sobre o assunto.
Detecção precoce
O autoexame e a auto-observação são importantes para a detecção de alterações nas mamas, como nódulos, manchas e/ou mudanças de cor na pele, que são indicativos do câncer de mama. No entanto, isso não garante a detecção nem dispensa consultas médicas, visto que muitas pessoas são assintomáticas. Então, a detecção precoce tem maiores chances quando também são realizadas consultas ginecológicas regulares (pelo menos uma vez por ano).
Os principais sintomas e alterações corporais que podem indicar câncer de mama são:
- Nódulos nas mamas ou axilas
- Assimetria das mamas
- Secreção de líquido nos mamilos
- Dores nas mamas ou mamilos
- Mudanças nos mamilos
- Vermelhidão na região dos peitos
No entanto, a população assintomática, principalmente após as pessoas acima de 50 anos, deve realizar, a cada dois anos, a mamografia de rastreamento, para que se tenha certeza de não ter a doença. Entretanto, no caso de detecção por mamografia, a confirmação diagnóstica do tumor só é dada por meio de biópsia do fragmento suspeito. Nesse caso, é retirada uma amostra do fragmento ou nódulo suspeito para avaliação médica, para a confirmação ou não da doença.
Tratamento
Existem diversos tipos de tratamento para o câncer de mama, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia, hormonioterapia, entre outros. O estágio da doença é primordial para a decisão do tratamento aplicado. Quando o reconhecimento do câncer de mama ocorre em sua fase inicial, em que o tumor ainda não se espalhou pelo corpo, a paciente tem grandes chances de cura. Já no caso em que há o espalhamento para outros órgãos, o tratamento escolhido pelos médicos deve buscar um equilíbrio entre o combate da doença para a sobrevida da paciente e sua qualidade de vida.
Prevenção
Uma rotina salubre pode prevenir o câncer de mama. De acordo com o INCA, praticar atividades físicas, alimentar-se de forma saudável, manter o peso corporal adequado e evitar bebidas alcoólicas pode reduzir em até 30% de chances de se ter câncer de mama.
Alguns fatores aumentam as chances de câncer de mama. Evitá-los, quando possível, é extremamente recomendável para reduzir as possibilidades da doença. A tabela 1 mostra os fatores ambientais, comportamentais, hormonais, genéticos e hereditários mais ligados aos casos da doença.
Tabela 1 – Fatores de risco para o câncer de mama
Outubro Rosa
O Outubro rosa é uma grande campanha de prevenção e controle do câncer de mama no Brasil. É uma campanha responsável pela conscientização de mulheres e homens a respeito da prevenção, sintomas, mudanças corporais suspeitas, entre outros. Por conta do Outubro Rosa, a maioria dos casos da doença é encontrada pelas próprias pacientes, o que reitera sua importância. A campanha acontece todos os anos, durante todo o mês de Outubro.
Conclusão
O câncer de mama é uma doença que acomete brasileiras todos os anos, porém, muitos casos podem ser evitados com a conscientização da população sobre a detecção precoce, seus sintomas e a importância de consultas médicas regulares. Com isso, o Outubro Rosa vem sendo uma campanha fundamental para salvar diversas vidas.
Referências
Pfizer – Câncer de mama
Einstein – Câncer de mama
INCA 2020 – Tipos de câncer – Câncer de mama
TEIXEIRA, L. A.; NETO, L. A. A. Câncer de mama no Brasil: medicina e saúde pública no século XX. Saúde Soc., v.29, n.3, São Paulo, 2020. Disponível em: https://scielosp.org/article/sausoc/2020.v29n3/e180753/pt/
ASSIS, M; SANTOS, R. O. M.; MIGOWSKI, A. Detecção precoce do câncer de mama na mídia brasileira no Outubro Rosa. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v.30, n.1, Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312020000100616&tlng=pt
Catraca Livre – Câncer de mama: sintomas, prevenção e tratamento
